A janela do navegador exibe um site de apostas com todos os seus números cintilantes, gráficos extravagantes e uma mulher virtual com um sorriso sedutor que me convida a girar a roleta da fortuna. "Tente a sorte", sussurra ela, uma sereia digital em um oceano de bits. E assim, com um gole de uísque barato, mergulho na correnteza.
As apostas são como poemas em que cada rodada é uma estrofe, cada giro é uma vírgula e cada resultado é uma pontuação. A linha entre a excitação e a ruína é tão tênue quanto o fio de uma navalha, e eu ando nessa corda bamba com o equilíbrio de um bêbado cambaleante. À medida que os números dançam diante dos meus olhos, sinto uma trama de esperança e desespero se entrelaçando em meu peito.
À medida que os números caem no lugar e as luzes giram freneticamente, vejo meus ganhos subirem e caírem como os batimentos cardíacos de um amante incerto. Uma risada louca escapa dos meus lábios enquanto minha conta bancária digital segue a montanha-russa dos resultados. Por um momento, sou invencível, um rei do ciberespaço.
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